Receita pode ser um dos responsáveis pelos “spams”
Um publicitário de São Paulo parece ter encontrado a resposta para um mistério irritante. Segundo o Jornal Nacional, ele descobriu como tantas empresas conseguem descobrir seu endereço e enviar milhares de correspondências indesejadas. Ao inventar um código e um endereço de e-mail, chegou ao responsável pelo vazamento das informações: a Receita Federal.
Desconfiado, Aílton Tenório da Silva começou a investigar ao enviar a sua declaração de imposto de renda de 2003. Ele acrescentou as letras 'B', 'I' e 'R' ao seu endereço e criou também um endereço eletrônico exclusivo, pelo qual deveria receber toda e qualquer correspondência da Receita Federal.
E o que era uma simples suspeita virou confirmação. "Houve um vazamento, não duvida nenhuma disso. E veio de lá", afirma Aílton.
A confirmação veio quando um dia o publicitário recebeu em casa uma oferta de cartão de crédito. O banco enviou a proposta para o endereço só fornecido à Receita Federal. Também o endereço de e-mail criado exclusivamente para a Receita Federal foi vazado e se encheu de propagandas diversas, de revistas a pacotes de turismo e propostas de emprego.
"Se saiu de dentro da Receita Federal meu endereço e a minha conta de email, podem ter saído também os meus dados financeiros, pessoais, qualquer outra coisa", suspeita o publicitário.
Mercado ilegal
No centro de São Paulo, esses dados são mercadoria valiosa. Não é difícil encontrar CDs com os chamados "mailing list" pelas badaladas ruas de comércio popular do centro. Nas banquinhas de camelôs nas calçadas, um CD pode chegar a 100 reais.
Um vendedor explicou à reportagem do Jornal Nacional o quê exatamente o comprador encontra quando abrir o CD com os dados de 2004 do contribuinte: "Aparece nome, endereço, bairro, CEP, telefone e CPF, cidade e estado", disse ele, sem saber que estava sendo gravado. Quem trabalha no ramo admite: o negócio é arriscado. "Isso aí é proibido, meu. Você sabe que é proibido isso aí, né?", diz outro ambulante, também sem desconfiar da filmagem.-->
A confirmação veio quando um dia o publicitário recebeu em casa uma oferta de cartão de crédito. O banco enviou a proposta para o endereço só fornecido à Receita Federal. Também o endereço de e-mail criado exclusivamente para a Receita Federal foi vazado e se encheu de propagandas diversas, de revistas a pacotes de turismo e propostas de emprego.
"Se saiu de dentro da Receita Federal meu endereço e a minha conta de email, podem ter saído também os meus dados financeiros, pessoais, qualquer outra coisa", suspeita o publicitário.
Mercado ilegal
No centro de São Paulo, esses dados são mercadoria valiosa. Não é difícil encontrar CDs com os chamados "mailing list" pelas badaladas ruas de comércio popular do centro. Nas banquinhas de camelôs nas calçadas, um CD pode chegar a 100 reais.
Um vendedor explicou à reportagem do Jornal Nacional o quê exatamente o comprador encontra quando abrir o CD com os dados de 2004 do contribuinte: "Aparece nome, endereço, bairro, CEP, telefone e CPF, cidade e estado", disse ele, sem saber que estava sendo gravado. Quem trabalha no ramo admite: o negócio é arriscado. "Isso aí é proibido, meu. Você sabe que é proibido isso aí, né?", diz outro ambulante, também sem desconfiar da filmagem.-->
Matértia Revista PEGN
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