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Dilma Rousseff
Dilma Rousseff
Ministra-chefe da Casa Civil do Brasil Brasil
Mandato: 21 de junho de 2005
até atualidade
Precedido por: José Dirceu
Sucedido por: —
Nascimento: 14 de dezembro de 1947 (61 anos)
Belo Horizonte
Partido: PTB, PDT e PT
Profissão: economista
política
Dilma Vana Rousseff Linhares (Belo Horizonte, 14 de dezembro de 1947) é uma economista e política brasileira, filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT). Foi a primeira mulher a ser nomeada ministra-chefe da Casa Civil, cargo que exerce desde 21 de junho de 2005. Atualmente, é a pessoa mais cotada a ser o candidato apoiado pelo atual governo para as eleições à Presidência da República, em 2010.
Índice
[esconder]
* 1 Biografia
o 1.1 Juventude
o 1.2 Carreira política
+ 1.2.1 Dossiê da Casa Civil
+ 1.2.2 Caso Varig
+ 1.2.3 Programa de Aceleração de Crescimento
+ 1.2.4 Candidata às eleições de 2010
o 1.3 Vida pessoal
* 2 Referências
* 3 Ligações externas
Biografia
Dilma é filha do advogado e empreendedor búlgaro naturalizado brasileiro Pedro Rousseff (em búlgaro Петър Русев, Pétar Russév)[1][2] e da dona-de-casa Dilma Coimbra Silva. Tem um irmão, Igor[3].
Aos quinze anos de idade, Dilma trocou o conservador Colégio Sion, onde alunas falavam francês com professoras, pelo Colégio Estadual, escola pública mista onde se geravam contestações. De acordo com ela, foi nesta escola que ficou “bem subversiva” e que percebeu que o mundo não era para “debutante”[4].
Graduou-se em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Obteve mestrado em Ciências Econômicas na área de Teoria Econômica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e doutorado em Ciências Sociais na área de Teoria Monetária e Financeira, também pela mesma universidade[5].
Juventude
Na década de 1960, durante o regime militar, Dilma Rousseff participou da luta armada, usando os codinomes de Estela, Luísa e Vanda, atuando em organizações clandestinas e terroristas de esquerda, como a Política Operária (POLOP), Vanguarda Popular Revolucionária e o Comando de Libertação Nacional (COLINA)[6]., segundo consta na sua ficha criminal na Polícia paulista, no DOI-CODI.
Dilma teria participado, na época, do roubo de um cofre pertencente ao ex-governador de São Paulo Ademar de Barros, em 18 de junho de 1969, na cidade do Rio de Janeiro, de onde foram subtraídos 2,6 milhões de dólares[7]. Entretanto, Dilma negou sua participação no evento em uma entrevista concedida ao Programa do Jô. De acordo com ela, “essa história foi difundida, mas na época eu não participei nem planejei o assalto ao cofre do Ademar”.
Posteriormente, esteve presa entre 1970 e 1973 nos órgãos públicos de repressão à luta armada e ao terrorismo, época em que diz ter sido torturada. Em dezembro de 2006, a Comissão Especial de Reparação da Secretaria de Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro aprovou um pedido de indenização por parte de Dilma e outras dezoito pessoas presas em dependências de órgãos policiais do governo estadual paulista na década de 1970[8].
Carreira política
Participou da reestruturação do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), vinculada ao grupo de Leonel Brizola. Após a perda da sigla para o grupo de Ivete Vargas, participou da fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT).
Foi secretária de Minas e Energia durante o governo Alceu Collares no estado do Rio Grande do Sul, entre 1991 e 1995. Em 1998, o petista Olívio Dutra ganhou as eleições para o governo gaúcho com o apoio do PDT no segundo turno, e Dilma retornou à Secretaria de Minas e Energia. No final de 1999, o PDT deixou o governo de Olívio Dutra e exigiu de seus filiados a entrega dos cargos. Dilma saiu do PDT e filiou-se ao PT continuando no governo a exemplo do que também fizeram Emília Fernandes, Milton Zuanazzi e Sereno Chaise.
Dilma Rousseff integra o Governo Lula desde o seu início, em 1° de janeiro de 2003, como ministra de Minas e Energia. Trocou de cargo, passando a chefiar a Casa Civil em 21 de junho de 2005, no lugar de José Dirceu, que deixou o ministério por estar envolvido em acusações de corrupção no caso Mensalão. De acordo com o senador Pedro Simon (PMDB-RS), desde que Dilma assumiu o ministério, “a seriedade está se impondo” na Casa Civil[9].
Dossiê da Casa Civil
Em virtude do escândalo dos cartões corporativos, que eclodiu em janeiro de 2008, atingindo o governo federal e causando a demissão da ministra de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, a oposição entrou com um pedido para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigações mais aprofundadas.
Em 22 de março de 2008, uma reportagem publicada pela Revista Veja revelou que o Palácio do Planalto montou um dossiê que detalhava gastos da família de FHC. A matéria diz que os documentos estariam sendo usados para intimidar a oposição na CPI dos Cartões Corporativos. A Casa Civil negou a existência de tal dossiê, apresentando no espaço de 15 dias três versões diferentes sobre o assunto, todas depois desmentidas pela imprensa[10]. Em 28 de março, foi a vez do jornal Folha de S. Paulo publicar uma reportagem revelando que a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Alves Guerra, deu a ordem para a organização do dossiê. Em entrevista coletiva em 4 de abril, Dilma reconheceu a feitura do banco de dados, mas descartou a conotação política do mesmo. Disse que o vazamento de informações e papéis federais é crime e que uma comissão de inquérito interna iria apurar o fato. Em 7 de abril, a Polícia Federal (PF) decidiu investigar o caso.
Em 7 de maio, em audiência na Comissão de Infra-Estrutura do Senado Federal, respondeu questões relativas ao “dossiê”[11].
Eu fui barbaramente torturada, senador. Qualquer pessoa que ousar falar a verdade para os torturadores, entrega os seus iguais. Eu me orgulho muito de ter mentido na tortura, senador.
— Em resposta ao senador José Agripino Maia (DEM/RN). O senador sugeriu que, por ter mentido no período em que esteve presa durante a ditadura, também poderia estar mentindo sobre o vazamento de dados que formaram o dossiê sobre os gastos de FHC.[11]
As investigações da PF concluíram que o responsável pelo vazamento foi o funcionário da Casa Civil José Aparecido Nunes, subordinado de Erenice Guerra. Ele enviou passagens do dossiê para o assessor do senador Álvaro Dias, André Fernandes[12], confirmando que o dossiê existiu.
Caso Varig
Em junho de 2008, a ex-diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Denise Abreu afirmou em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”, que a Casa Civil favoreceu a venda da VarigLog e da Varig ao fundo norte-americano Matlin Patterson e aos três sócios brasileiros.[13]
Abreu, que deixou o cargo em agosto de 2007, sob acusações feitas durante a CPI do Apagão Aéreo, relatou que a ministra Dilma Rousseff e a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, a pressionaram a tomar decisões favoráveis à venda da VarigLog e da Varig.
Segundo ela, Dilma a desestimulou a pedir documentos que comprovassem a capacidade financeira dos três sócios (Marco Antônio Audi, Luiz Eduardo Gallo e Marcos Haftel) para comprar a empresa, já que a lei proíbe estrangeiros de possuir mais de 20% do capital das companhias aéreas.[14]
A ministra não queria que eu exigisse os documentos. Dizia que era da alçada do Banco Central e da Receita e falou que era muito difícil fazer qualquer tipo de análise tentando estudar o Imposto de Renda porque era muito comum as pessoas sonegarem no Brasil.
— afirmou Abreu ao “Estado”.[15]
Dilma negou as acusações e Denise Abreu não apresentou nenhum documento ou prova que sustentasse suas acusações.[16]
Programa de Aceleração de Crescimento
Dilma Rousseff é gerente do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), plano que visa ao crescimento econômico do Brasil.
Candidata às eleições de 2010
Em dezembro de 2008, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que jamais conversara com Dilma Rousseff sobre sua possível candidatura para as eleições presidenciais de 2010, dizendo ter apenas insinuado. Para Lula, Dilma é a “pessoa mais gabaritada” para sucedê-lo[17].
Apesar de pesquisas apontarem-na como pouco conhecida da população brasileira, Dilma já dá sinais de que está tentando ganhar popularidade mudando seu visual.
Vida pessoal
O primeiro marido de Rousseff foi o jornalista mineiro Cláudio Galeno de Magalhães Linhares, que levou Dilma, então com vinte anos de idade, para a militância política.
No fim da década de 1970, já divorciada de Linhares, Dilma resolveu reconstruir sua vida no Rio Grande do Sul, rumando para Porto Alegre por causa do segundo marido, o ex-guerrilheiro e ex-deputado gaúcho Carlos Franklin Paixão de Araújo, com quem teve sua única filha, Paula. Preso em São Paulo, Araújo foi transferido para seu estado natal para completar a pena. Dilma deu aulas a presidiários para ver Araújo. Hoje estão divorciados[18].
Dilma é uma ávida leitora: já leu toda a obra de Fiódor Dostoiévski. Gosta de História e interessa-se por ópera. No início dos anos 90, ela se matriculou no curso de teatro grego do dramaturgo Ivo Bender. A mitologia grega tornou-se uma obsessão para Dilma, que, influenciada por Penélope, resolveu aprender a bordar.
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